segunda-feira, 26 de julho de 2010

MEU PRIMEIRO AMOR...





Há muitos anos atrás, dois adolescentes se conheceram e se amaram de uma maneira diferente, havia um sentimento tão bonito que ficou marcado para toda vida. Ambos eram simples, de famílias humildes, que viviam lutando, para no futuro conseguirem uma vida melhor.
Os dois jovens viviam em plena felicidade e encantamento, tudo era novo, emoções diferentes e descobrimentos de novas sensações. Porém, devido à timidez que os invadia, quase não falavam de amor.
Certo dia ela o magoou com palavras, sem perceber o mal que estava causando ao seu amor. No dia seguinte, recebeu uma carta de Adeus, que ela nunca esqueceu, mesmo tendo passado vários anos. Hoje não existe mais aquela carta escrita numa folha de caderno, mas aquelas palavras ainda permanecem vivas em seu pensamento. A carta dizia:
Minha princesa,
Esta carta não é um Adeus, mas poderá ser dependendo de você.
Escrevo-lhe para dizer certas coisas as quais eu jamais diria estando ao seu lado.

É que, quando caminhávamos por essas ruazinhas humildes do nosso bairro, meu coração era dominado por um sentimento de timidez inexplicável, e eu não falava, simplesmente por falta de coragem.

Agora, que não estamos juntos, e que você está apenas no meu pensamento, vejo até seus cabelos ligeiramente dourados, seus os olhos verdes que não me revelavam seus sentimentos, e sua boca que parece uma pétala de flor...

Começamos a nos encontrar exatamente há dois meses. Como começou? Não sei, mas quando percebi, já havia realizado este sonho. Sempre que a encontrava, admirava seu porte de anjo e sua maneira simples de ser.

Foi muito bonito o que vivemos, minha menina, sem mentiras, sem fingimento, ou qualquer coisa que maculasse esse nosso amor.

Sabemos que nos amamos, mas não nos entendemos, talvez devido a nossa pouca idade. A felicidade para mim foi fugidia, escorregadia, e escapou por entre os dedos...

Voltarei a passear sozinho pela nossa pracinha, recolhido na minha solidão; mas na realidade não estarei só, pois terei uma companheira, a SAUDADE...

Saudade do nosso bairro, da nossa praça, da Igrejinha, dos nossos sonhos num mundo imaginário, e principalmente de você e das horas felizes que vivi ao seu lado.

Quero que em espírito você nunca ultrapasse dos seus dezesseis anos, pois é nesta fase que tudo são flores, risos, alegrias e sonhos. Mesmo tendo o nosso coração machucado e sofrendo muito, um dia verei esta ferida cicatrizada.

Um dia, quando o tempo branquejar nossos cabelos, lembre-se de mim, e dos momentos puros e felizes que vivemos, nesta fase de nossa vida. Eu jamais a esquecerei.
Seu para sempre...

Hoje, eles vivem o agora, como o futuro de antes. O tempo passou, e em seus rostos já surge a marca do tempo.
Nunca mais conversaram sobre o passado, cada um tem seu destino a cumprir, mas sei também que o amor daqueles adolescentes foi o mais bonito e puro que existiu em seus corações.

RAYMA LIMA


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